Segundo informações divulgadas pelo Tesouro Nacional, a demanda pelos títulos superou em muito o volume emitido, alcançando cerca de US$ 6,5 bilhões durante o pico das negociações. Destaca-se a participação significativa de investidores estrangeiros, com 64% provenientes da Europa e da América do Norte, e 28% da América Latina, incluindo o próprio Brasil.
A taxa obtida na emissão dos papéis de dez anos foi de 6,75% ao ano, representando um aumento em relação ao último lançamento similar, que havia registrado um rendimento de 6,35% ao ano em janeiro do ano anterior. Esta é a maior taxa para esse tipo de título desde fevereiro de 2005, quando o governo brasileiro obteve juros de 7,9% ao ano.
Os juros básicos nos Estados Unidos permaneceram estáveis entre 4,25% e 4,5% ao ano desde dezembro de 2022, atingindo o maior nível em cerca de 40 anos. A variação dessas taxas influencia diretamente os juros dos títulos brasileiros no exterior, que sofrem ajustes de acordo com a percepção de risco dos investidores.
O spread, que é a diferença entre os títulos brasileiros e norte-americanos, apresentou um leve recuo, atingindo 220 pontos-base, a menor diferença desde novembro de 2019. Os recursos captados serão incorporados às reservas internacionais do país em 25 de fevereiro, contribuindo para fortalecer a posição financeira do Brasil no mercado internacional.