Os parlamentares que apoiam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acreditam que a denúncia representa um marco na defesa da democracia brasileira e contribui para barrar o projeto de anistia. O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, partido de Bolsonaro, informou que estão contando os votos para pautar o tema na reunião do colégio de líderes da Câmara, marcada para esta quinta-feira (20), e pedir urgência na tramitação do texto.
Segundo Sóstenes, a denúncia da PGR foi considerada absurda e sem fundamentação, tratando-se de mais um capítulo da perseguição contra o ex-presidente Bolsonaro. Ele afirmou que os aliados já estariam próximos de alcançar os votos necessários para aprovar a anistia. Para que o projeto de lei seja pautado diretamente no plenário da Casa, é necessário o apoio da maioria dos líderes partidários.
No entanto, o vice-líder do governo no Congresso, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), considera que o projeto de anistia não terá sucesso e vai “morrer” no Congresso Nacional. Segundo ele, a denúncia da PGR reforça a evidência de um mapa e roteiro do golpe, liderados por Bolsonaro. A expectativa é que o grupo de Bolsonaro fique isolado no Parlamento sobre o tema da anistia, enquanto o senador Eduardo Braga (MDB/AM) destaca a importância das instituições atuarem de forma transparente e justa nesse processo.
A estratégia política de Jair Bolsonaro e seus aliados para enfrentar a denúncia foi discutida no encontro desta quarta-feira, com o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) destacando que o presidente está tranquilo por ter a verdade ao seu lado. A prisão e a impossibilidade de anistia para os envolvidos no golpe de 8 de janeiro continuam sendo assuntos controversos e cruciais dentro do cenário político brasileiro.