De acordo com o Banco do Brasil, o crescimento expressivo no lucro pode ser atribuído ao aumento na margem financeira bruta (+11,2%), nas receitas de prestação de serviços (+4,9%) e na contenção das despesas administrativas, que aumentaram 4,4% no ano passado, porém, ficaram abaixo da inflação.
A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil fechou o ano de 2024 com um saldo de R$ 1,3 trilhão, mostrando um crescimento de 15,3% em relação a 2023. Os créditos para pessoas físicas, empresas e agronegócio foram os destaques. Em relação às pessoas físicas, a carteira cresceu 7,3% e atingiu a marca de R$ 336 bilhões, enquanto a carteira de crédito para empresas fechou o ano em R$ 461,1 bilhões, representando um incremento de 18% em 12 meses.
No setor do agronegócio, a carteira ampliada somou R$ 397,7 bilhões, um novo recorde em comparação com o ano anterior. O Banco do Brasil se manteve como líder no crédito para este segmento. Além disso, a carteira de negócios sustentáveis, que abrange empréstimos para projetos com impacto social e ambiental positivo, alcançou R$ 386,7 bilhões, correspondendo a 30% do crédito total do banco.
Por outro lado, o índice de inadimplência acima de 90 dias das operações de crédito do banco aumentou para 3,32% em dezembro de 2024, um aumento em relação aos 2,92% registrados no final de 2023. Este aumento foi motivado principalmente pelo segmento de agronegócio, que foi afetado por desastres climáticos. Como resultado, a despesa com provisão para créditos de liquidação duvidosa teve um aumento de 16,9% no ano passado.
As receitas com prestação de serviços cresceram 4,9% em 2024, totalizando R$ 35,5 bilhões, com destaque para os segmentos de consórcios, rendas do mercado de capitais, administração de fundos e seguros. Já as despesas administrativas aumentaram 4,4% e totalizaram R$ 37 bilhões no ano passado.
Para 2025, o Banco do Brasil espera um lucro líquido ajustado entre R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões, com uma expansão de 5,5% a 9,5% na carteira de crédito. As receitas com prestação de serviços devem ficar entre R$ 34,5 bilhões e R$ 36,5 bilhões, enquanto os gastos administrativos devem variar entre R$ 38,5 bilhões e R$ 40 bilhões. O banco se mantém otimista em relação ao seu desempenho futuro e segue investindo em seus diversos segmentos para continuar sua trajetória de crescimento e sucesso.