Segundo Mauro Cid, foi Bolsonaro quem ordenou o acompanhamento do ministro, referindo-se a Moraes pelo codinome “professora”. O ex-ajudante relatou que o ex-presidente solicitou verificar a localização e posição do ministro, inclusive para confirmar se haveria um encontro marcado com o então vice-presidente, Hamilton Mourão. A determinação de monitoramento teria sido feita em dezembro de 2022.
Além disso, a denúncia da PGR também aponta que Bolsonaro estava ciente e concordou com um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que o plano intitulado “Punhal Verde Amarelo” foi apresentado ao então presidente da República.
A defesa de Bolsonaro, feita pelo advogado Paulo Cunha Bueno, refutou as acusações, afirmando que o ex-presidente não compactuou com qualquer movimento que visasse a desestabilização do Estado Democrático de Direito ou das instituições que o regem.
Essas revelações vêm à tona em um momento delicado da política brasileira, com o embate entre diferentes poderes e a intensificação de acusações de golpes e ações antidemocráticas. A sociedade aguarda ansiosamente por desdobramentos e respostas concretas sobre a veracidade das denúncias e o possível envolvimento de autoridades nos fatos narrados nas delações premiadas.