Segundo os depoimentos, Mauro Cid confirmou que “dosou as palavras” ao falar sobre as tentativas do general Braga Netto de obter informações sobre a delação, por meio de ligações para o general Lourena Cid, seu pai. Em um dos depoimentos, Cid explicou que, por respeito à hierarquia militar, preferiu ser cauteloso ao relatar que Braga Netto estaria envolvido em um plano golpista.
Na delação, Mauro Cid ainda afirmou que Braga Netto teria repassado a ele dinheiro dentro de uma sacola de vinho, que posteriormente teria sido entregue a um militar identificado como Rafael de Oliveira. Braga Netto está preso desde dezembro de 2024, por determinação de Alexandre de Moraes, sob a suspeita de obstrução da investigação.
A defesa do general Braga Netto considerou a denúncia da PGR como fantasiosa e reiterou a reputação ilibada do militar, com mais de 40 anos de serviços prestados ao Exército. A defesa também ressaltou a falta de acesso amplo aos autos por parte de Braga Netto, que está detido há mais de 60 dias.
Essas revelações trazidas pela delação de Mauro Cid colocam Braga Netto em uma situação delicada, com acusações graves de envolvimento em planos golpistas e obstrução da justiça. O desenrolar desse caso será acompanhado de perto, à medida que mais detalhes emergem da investigação policial e do processo judicial que envolve o general e outros acusados.