Em nota divulgada nesta quarta-feira (19), a ABJD afirmou que a denúncia da PGR mostra “uma organização criminosa estruturada, que planejou deslegitimar as urnas eletrônicas, disseminar desinformação e realizar ações violentas para subverter a vontade popular das eleições de 2022”. A associação pede celeridade no julgamento do caso e destaca a importância da punição dos responsáveis, afirmando que a anistia seria um ataque à memória das vítimas da violência política.
Além disso, a ABJD ressaltou a necessidade de a Justiça de Transição ser aplicada para apurar os crimes do suposto golpe. A associação destacou que o país precisa enfrentar os crimes contra a ordem democrática para evitar prejuízos à sociedade. Para a organização, a denúncia demonstra a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma trama golpista.
O Pacto pela Democracia, que reúne cerca de 200 entidades da sociedade civil, também se manifestou sobre a denúncia, afirmando que Bolsonaro não apenas tinha conhecimento, mas desempenhou um papel ativo na concepção e execução do suposto golpe de Estado. Segundo a diretora-executiva do Pacto pela Democracia, Flávia Pellegrino, as investigações indicam que militares estiveram envolvidos no plano, buscando deslegitimar as eleições e promover uma ruptura institucional.
O ex-presidente Jair Bolsonaro nega as acusações e sua defesa afirma que ele jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito. A denúncia da PGR, apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), alega que Bolsonaro estava ciente e concordou com o planejamento e execução de ações para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Diante dessas alegações, a sociedade civil e as organizações em defesa da democracia aguardam o desenrolar do processo e ressaltam a importância da aplicação da justiça para garantir a normalidade democrática no país.