Na contramão, a PGR decidiu denunciar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas, entre eles militares, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Dentre os acusados, estão figuras como o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Braga Netto e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a denúncia detalha a participação de Bolsonaro e dos demais acusados, afirmando que o grupo agiu com violência e grave ameaça para impedir o funcionamento dos Poderes da República e para tentar depor o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O plano criminoso teria sido deflagrado por Bolsonaro com o auxílio de aliados, assessores e generais, englobando ataques às urnas eletrônicas, afronta às decisões do Supremo e incentivo ao plano golpista, conforme a denúncia. A ação teria sido arquitetada para desestabilizar os pilares democráticos e interferir no curso regular das instituições.
A decisão da PGR de não denunciar os indiciados pela PF levantou questionamentos sobre os critérios adotados pelo órgão, gerando debates sobre possíveis desdobramentos no desenrolar do processo. Enquanto isso, a denúncia contra Bolsonaro e os demais acusados coloca em evidência a fragilidade democrática do país e a necessidade de fortalecimento das instituições para preservar a ordem constitucional.