A decisão foi tomada diante da alta incidência da doença no estado, atingindo 225 municípios e totalizando 300 casos para cada 100 mil habitantes. Além disso, 60 municípios já decretaram situação de emergência devido à dengue. Os dados estaduais confirmam 124 mil casos da doença este ano, com 113 óbitos registrados e mais 233 óbitos ainda em fase de investigação, de acordo com o Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (Nies).
Essa situação alarmante não é exclusiva de São Paulo, pois o Ministério da Saúde já registrou 131 mortes pela doença em todo o país. No ano passado, a dengue causou a morte de 6.216 pessoas no Brasil, sendo 2.174 delas apenas no estado de São Paulo.
Para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, foram anunciadas medidas de reforço, como o aumento de 20% no Teto MAC (Média e Alta Complexidade) para custear o atendimento de pacientes graves do SUS. Além disso, serão liberados mais recursos para equipamentos de nebulização e medicamentos, como forma de garantir a assistência necessária aos pacientes.
O estado de São Paulo também informou que 15 casos e 9 mortes por febre amarela foram registrados este ano, principalmente entre pessoas não vacinadas que estiveram em áreas rurais. Medidas de conscientização, como campanhas e reforço na comunicação, foram anunciadas como estratégias para manter a população alerta sobre a importância de combater os criadouros do mosquito.
A vacina de dose única contra a dengue, em fase final de aprovação na Anvisa, é uma esperança para o controle da epidemia, mas ainda não há previsão de produção em massa. Diretores do Instituto Butantan fazem parte do Centro de Operações de Emergências para as Arboviroses (COE), que recomendou a declaração de emergência.