Segundo informações reveladas durante uma audiência realizada no ano passado, Moraes cobrou de Mauro Cid a prestação de informações verdadeiras. Nesse encontro, a validade da delação e os benefícios concedidos foram mantidos pelo ministro após o ex-ajudante de Bolsonaro reafirmar todas as acusações contidas na delação.
O depoimento estava em sigilo, mas foi tornado público recentemente pela Procuradoria-Geral da República após denunciar Bolsonaro e mais 33 investigados no inquérito do golpe.
Durante a audiência, que aconteceu em novembro de 2024, Moraes confrontou Mauro Cid com as omissões e contradições encontradas nos depoimentos anteriores, destacando a tentativa de minimizar as acusações contra Bolsonaro. O ministro ressaltou que a Polícia Federal havia constatado uma série de problemas nas declarações do ex-ajudante, incluindo omissões e contradições.
Uma das reuniões da trama golpista foi apontada como ocorrida na casa do general Braga Netto, em Brasília, e contou com a participação de Mauro Cid. Durante a audiência, Moraes deu ao ex-ajudante uma nova oportunidade para prestar informações verdadeiras, alertando que novas contradições não seriam admitidas.
Mauro Cid reafirmou as acusações contra os investigados durante a audiência, o que resultou na manutenção dos benefícios concedidos. O ministro também lembrou que o ex-ajudante tinha contra si um parecer da PGR pelo retorno à prisão pelas omissões nos depoimentos.
