Com Lula à frente nas pesquisas eleitorais, o entorno de Bolsonaro começou a articular um plano para manter o poder do presidente, independentemente do resultado eleitoral. A negativa de Bolsonaro em aceitar uma possível derrota nas urnas o levou a cogitar a desobediência às decisões do STF e a questionar a legitimidade do processo eleitoral brasileiro.
Em uma transmissão ao vivo, Bolsonaro criticou o sistema eletrônico de votação e exaltou as Forças Armadas, intensificando os ataques aos poderes constituídos e alimentando a polarização política no país. A denúncia da PGR apontou que o objetivo final dessas ações seria tornar aceitável o recurso à força caso Lula vencesse as eleições de 2022.
Mesmo com a Câmara dos Deputados mantendo as votações digitais e a apuração eleitoral, Bolsonaro continuou atacando o sistema eleitoral, gerando tensões e incertezas em relação ao processo democrático. Durante os festejos de 7 de setembro de 2021, Bolsonaro manifestou sua intenção de não se submeter às deliberações da Suprema Corte, confiando no apoio das Forças Armadas.
O plano golpista envolveu não apenas estratégias políticas, mas também ações mais extremas, como a tentativa de cooptar oficiais do Exército e até a elaboração de um plano para assassinar Lula, seu vice e o presidente do STF. Apesar dos esforços do grupo ao redor de Bolsonaro, o golpe não foi concretizado devido à resistência de líderes militares em aderir ao movimento golpista.
As manifestações contra o novo presidente, Lula, marcadas para 8 de janeiro em Brasília, foram vistas como a última tentativa de concretizar o golpe, mas foram impedidas pelas Forças Armadas, que decidiram manter-se fiéis à Constituição. Sendo assim, o golpe em curso desde 2021 não foi realizado, demonstrando a importância da democracia e da ordem constitucional no Brasil.