De acordo com relatos do sindicato, muitas escolas não possuem sistema de climatização adequado, resultando em altas temperaturas que chegam até 45 graus nas salas de aula e locais de trabalho. As merendeiras, por exemplo, enfrentam condições desumanas, com temperaturas acima de 60 graus nas cozinhas enquanto preparam as refeições dos alunos.
A coordenadora do Sepe, Beatriz Lugão, ressaltou a gravidade da situação, destacando que a falta de climatização não se restringe apenas às salas de aula, mas também afeta as cozinhas escolares. Em municípios como São Gonçalo, onde apenas 20 das 119 escolas municipais possuem sistema de refrigeração, a situação se agrava.
Frente a esse cenário preocupante, a Secretaria de Educação (Seeduc) adotou medidas para mitigar os impactos do calor nas escolas. Orientações foram repassadas aos gestores para incentivar a hidratação dos alunos, oferecer refeições mais leves na merenda e evitar atividades ao ar livre. Além disso, algumas escolas estão autorizadas a reduzir a carga horária presencial, fazer rodízio de turmas em salas refrigeradas e disponibilizar conteúdo pedagógico por meio de recursos tecnológicos.
Para enfrentar a falta de climatização nas escolas estaduais, a Seeduc se comprometeu a realizar a instalação de sistemas de ar-condicionado em 180 unidades num prazo de 90 dias. O subsecretário de gestão administrativa da pasta, Davi Marinho, ressaltou a complexidade das intervenções necessárias, mas reforçou o compromisso do governo em garantir um ambiente mais adequado para o aprendizado e trabalho nas escolas do Rio de Janeiro.