A petição dos advogados foi protocolada perante o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que havia estabelecido um prazo de 15 dias para que as defesas apresentassem suas manifestações. Além do pedido de 83 dias, os advogados também requereram a concessão de um prazo em dobro, de 30 dias, caso o primeiro pedido não seja acatado. A justificativa apresentada foi a extensa quantidade de documentos e provas a serem analisados no processo.
Os advogados também apontaram lacunas no material probatório disponibilizado à defesa, mencionando a ausência de determinados diálogos e informações no HD entregue aos defensores. Além disso, questionaram a decisão de Moraes de estabelecer um prazo uniforme para todos os denunciados, incluindo o colaborador, apontando que o réu teria o direito de se manifestar após o delator em todas as fases processuais.
A denúncia contra Bolsonaro, apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, inclui acusações de tentativa de golpe de Estado, liderança de uma organização criminosa armada e outros crimes, como dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Os crimes estão relacionados a episódios de ataques ocorridos em janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
A defesa de Bolsonaro busca garantir um prazo adequado para analisar as acusações e apresentar uma resposta fundamentada visando a proteção dos interesses do seu cliente no âmbito do processo judicial em curso.