BRASIL – Intenção de consumo das famílias cai 0,2% em fevereiro, impactada pelo recuo no consumo de bens duráveis, aponta CNC

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou nesta quinta-feira (20) os resultados da pesquisa que avalia a intenção de consumo das famílias brasileiras. De acordo com os dados apresentados, houve uma queda de 0,2% na intenção de consumo de janeiro para fevereiro deste ano. Esse resultado foi influenciado principalmente pela redução no consumo de bens duráveis, que são produtos com vida útil mais longa, como automóveis, geladeiras, máquinas de lavar roupa e computadores.

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu 104,5 pontos, desconsiderando os efeitos sazonais, e apresentou uma queda ainda mais significativa em comparação com fevereiro de 2024, chegando a 1,1%. Este é o quinto mês consecutivo de redução na intenção de consumo na análise anual, sendo a mais intensa registrada até o momento.

Apesar da queda, o índice se mantém acima dos 100 pontos, o que indica que os consumidores ainda estão satisfeitos. A pesquisa revelou que as famílias de maior renda estão mais cautelosas em relação ao consumo, com uma redução de 0,5% entre aquelas com renda superior a dez salários mínimos.

Os dados coletados junto a 18 mil questionários mensais em todas as Unidades Federativas do país mostram que a maioria dos componentes que compõem o ICF apresentaram aumento, com exceção do momento para a compra de bens duráveis, que registrou a maior redução, de 1,6%. Esse resultado reflete o impacto dos juros altos na decisão de compra das famílias.

No que diz respeito ao emprego, os consumidores demonstraram otimismo em relação às oportunidades profissionais. O item emprego atual, que avalia a satisfação com o trabalho, teve um aumento de 0,2%, enquanto a perspectiva profissional, que mede as expectativas para o futuro profissional, apresentou o quinto crescimento seguido, com uma alta de 0,4%.

Portanto, diante desses dados, é possível observar uma maior cautela por parte das famílias brasileiras em relação ao consumo de bens duráveis, refletindo um cenário de incertezas econômicas e preocupações com o futuro.

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