O Programa de Reassentamento, Admissão e Acolhida Humanitária por Via Complementar e Patrocínio Comunitário (PRVC-PC) marca uma iniciativa inédita no país, permitindo parcerias entre o governo federal e entidades da sociedade civil para integrar afegãos refugiados à comunidade brasileira. A acolhida comunitária é vista como uma via complementar importante para a integração dessas pessoas no Brasil.
Para viabilizar a acolhida humanitária, os beneficiários receberão não apenas vistos humanitários, mas também auxílio financeiro para moradia por até um ano, documentação essencial e acesso a serviços públicos básicos, como saúde, educação e assistência social. A partir do acordo firmado, a organização Panahgah já indicou um grupo de 60 pessoas ao Ministério da Justiça, que será submetido a uma avaliação da Polícia Federal para receber os vistos humanitários.
Outras entidades brasileiras também estão engajadas nesse processo, como o Instituto Estou Refugiado e a Missão de Apoio à Igreja Sofredora (Mais), ampliando a capacidade de acolhimento no país para mais de 200 afegãos em situação de vulnerabilidade. O secretário nacional de Justiça, Jean Keiji Uema, ressalta a importância desse acordo para o Brasil, destacando o compromisso do país em ser acolhedor e garantir uma alternativa viável e integral para migrantes e refugiados.
O aumento dos pedidos de refúgio por afegãos no Brasil a partir de setembro de 2021, após a retirada das tropas americanas do Afeganistão, evidencia a necessidade urgente de uma política de acolhimento eficaz. O Brasil se posiciona como um país receptivo e solidário, dando um passo significativo em direção à promoção dos direitos humanos e da dignidade para aqueles que buscam melhores oportunidades de vida.