A investigação que levou a essa determinação teve como ponto de partida a descoberta de uma trama golpista que visava impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mauro Cid, que é um dos delatores desse esquema, foi intimado a esclarecer o motivo por trás de seu pedido de cidadania portuguesa e confirmar se a carteira de identidade do país europeu já foi entregue.
Em resposta à intimação do ministro, o advogado de Mauro Cid, Cesar Bittencourt, explicou que o pedido de cidadania foi feito em janeiro de 2023, após os ataques que ocorreram no início do ano. De acordo com a defesa, a solicitação do passaporte português foi motivada pelo fato de sua esposa e filhas já possuírem a cidadania do país.
Bittencourt enfatizou que a carteira de identidade portuguesa serve apenas como documento de identificação válido em território português e negou que Mauro Cid tenha solicitado um passaporte estrangeiro. O advogado ressaltou que seu cliente não pretende fugir do Brasil e está disposto a entregar o documento, já que ele está cumprindo um acordo de delação premiada e usando tornozeleira eletrônica, o que o impede de viajar para o exterior sem autorização do juízo.
Com essa determinação do ministro Alexandre de Moraes, espera-se que Mauro Cid preste os esclarecimentos necessários e que a investigação possa avançar para esclarecer todos os fatos relacionados a esse caso.
