De acordo com a acusação, datada de dezembro de 2024 e divulgada recentemente, o grupo criminoso tinha como prática a cobrança de taxas de proteção dos comerciantes de rua, com valores variando de R$ 50 a R$ 250. Esta extorsão acabava por empurrar vários camelôs para dívidas com agiotas locais, criando um ciclo de violência e exploração.
Os agiotas, por sua vez, pagavam para que policiais realizassem a cobrança, aumentando a complexidade e gravidade do esquema criminoso. Os alvos principais eram trabalhadores vindos de países sul-americanos, que acabavam sendo vítimas de extorsão e violência por parte dos membros da milícia.
Dentre os crimes cometidos pelos acusados estão extorsão, constituição de milícia privada, lavagem de dinheiro e agiotagem. Além disso, o envolvimento de ex-policiais e policiais da ativa no esquema criminoso trouxe à tona a gravidade da situação. A Justiça Militar também está envolvida no caso, já que os policiais ativos que utilizavam equipamentos da corporação para cometer crimes estão sendo processados.
Segundo as investigações do Gaeco, pelo menos três milícias atuam na região, disputando território e pontos de venda nas feirinhas da madrugada. A manutenção das prisões dos acusados foi solicitada pelo Ministério Público, visando garantir a continuidade das investigações e impedir que os criminosos voltem a atuar livremente nas regiões mencionadas.