BRASIL – Greve do INSS causa aumento de 46,6% na fila de benefícios, mas tempo de espera ainda menor que governo anterior.

Durante a greve de 114 dias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que ocorreu entre julho e novembro do ano passado, a fila de pedidos de benefícios aumentou significativamente. De acordo com o Portal da Transparência Previdenciária, em novembro, havia 1.985.090 pedidos de concessão de benefícios no INSS, em comparação com os 1.353.910 requerimentos em análise no mês anterior ao início da greve.

O tempo médio de concessão do benefício também teve um aumento, passando de 34 dias no fim de junho para 39 dias no fim de novembro. Considerando o tempo em que o pedido ficou “em exigência com o segurado”, o tempo médio bruto de concessão aumentou de 36 para 43 dias no mesmo período.

Apesar do aumento na fila e no tempo de espera, o prazo legal de 45 dias para a concessão do benefício foi respeitado durante toda a greve. No entanto, em dezembro de 2022, o tempo médio líquido estava em 76 dias e o tempo médio bruto em 79 dias.

Além do impacto da greve, o INSS também enfrenta desafios como o aumento no fluxo de pedidos de benefícios, com a média mensal saltando de 700 mil por mês para 1,4 milhão. A greve dos médicos peritos, a parada de sistemas em 2024 e a não aprovação do Orçamento de 2025 também contribuem para o acúmulo de processos.

Para lidar com essa situação, o INSS e o Ministério da Previdência Social adotaram medidas, como a nomeação de novos servidores, remanejamento de pessoal e realização de mutirões de atendimento. Além disso, foram feitas revisões de benefícios por incapacidade temporária, resultando na interrupção de 356.422 benefícios.

A gestão da fila de benefícios do INSS continua sendo um desafio para o órgão, que busca soluções para garantir um atendimento mais ágil e eficiente aos segurados. Novas ações e estratégias estão sendo implementadas para reduzir o tempo de espera e melhorar a qualidade dos serviços prestados.

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