Com uma extensão de 2,4 milhões de hectares, o mosaico abrangerá uma vasta região no Amazonas, na área de influência da BR-319. A iniciativa foi assinada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e representa um marco importante para a preservação da biodiversidade da região.
O modelo de gestão do mosaico consiste em reunir um conjunto de áreas protegidas próximas ou sobrepostas, de diferentes categorias de manejo, sendo administradas de forma integrada e participativa. Com isso, a medida visa ampliar a proteção ambiental e promover o ordenamento territorial na região.
As áreas que farão parte do mosaico incluem a Reserva Extrativista (Resex) do Lago do Capanã Grande, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Amapá, Rio Madeira, Igapó-Açu e Matupiri, o Parque Estadual do Matupiri, além das Terras Indígenas Cunhã-Sapucaia e Arary. Todas essas áreas serão geridas por diferentes órgãos e instituições, como o ICMBio, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas e a Funai.
O processo de criação do mosaico envolveu dois anos de planejamento e diversos diálogos com diferentes setores, como órgãos ambientais, associações comunitárias, pesquisadores e organizações não governamentais. Com oficinas de gestão integrada e debates, foi elaborado um plano de ação estruturado em três eixos principais: proteção e governança, comunicação e informação, e geração de renda sustentável.
Entre as ações previstas para os próximos anos, estão o fortalecimento das bases de fiscalização, a implementação de sistemas de monitoramento ambiental, o incentivo a atividades produtivas sustentáveis e a criação de mecanismos para ampliar a participação social na gestão do território.
Com a criação do Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Madeira, espera-se um grande avanço na conservação ambiental e no ordenamento territorial da região, contribuindo para a preservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.