BRASIL – Exército israelense realiza operação militar em campos de refugiados palestinos na Cisjordânia, expulsando moradores e gerando críticas internacionais.

O exército israelense desencadeou uma ampla operação militar nos campos de refugiados palestinos localizados no Norte da Cisjordânia ocupada neste domingo (23). Esta ação, que já resultou na expulsão de aproximadamente 40 mil palestinos de campos de refugiados em Jenin, Tul Karem e Nur al-Shams, é considerada a maior operação militar de Israel na região em cerca de duas décadas.

Segundo informações do governo de Tel Aviv, as áreas ocupadas pelo exército israelense serão mantidas sob controle por pelo menos um ano, impedindo assim o retorno dos moradores. O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou no domingo que a medida é uma forma de evitar a retomada do terrorismo na região, destacando que não permitirão o reflorescimento de atividades terroristas.

Por outro lado, a Autoridade Palestina, que controla parte da Cisjordânia, denunciou as ações de Israel como um genocídio em curso contra o povo palestino e um esforço de anexação dos territórios palestinos. Em comunicado, o ministério das relações exteriores palestino pediu a intervenção da comunidade internacional diante do que consideram uma grave escalada de violência.

O professor de relações internacionais e cientista político, Bruno Lima Rocha, avaliou que o uso de tanques, helicópteros e cercos nos campos de refugiados palestinos representa uma estratégia de transferência do conflito da Faixa de Gaza para a Cisjordânia. Segundo ele, o governo de Netanyahu precisa manter um estado de guerra para evitar possíveis quedas de seu governo e julgamentos.

Em meio a essa intensificação do conflito, a comunidade internacional é chamada a intervir e buscar soluções pacíficas para o conflito entre Israel e Palestina. As operações militares em campos de refugiados palestinos geram preocupações e pedidos de cessar-fogo por parte de organizações internacionais e de defesa dos direitos humanos. O cenário de tensão na região segue despertando apreensões e demandas por diálogo e paz.

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