Segundo informações do governo de Tel Aviv, as áreas ocupadas pelo exército israelense serão mantidas sob controle por pelo menos um ano, impedindo assim o retorno dos moradores. O ministro da Defesa, Israel Katz, declarou no domingo que a medida é uma forma de evitar a retomada do terrorismo na região, destacando que não permitirão o reflorescimento de atividades terroristas.
Por outro lado, a Autoridade Palestina, que controla parte da Cisjordânia, denunciou as ações de Israel como um genocídio em curso contra o povo palestino e um esforço de anexação dos territórios palestinos. Em comunicado, o ministério das relações exteriores palestino pediu a intervenção da comunidade internacional diante do que consideram uma grave escalada de violência.
O professor de relações internacionais e cientista político, Bruno Lima Rocha, avaliou que o uso de tanques, helicópteros e cercos nos campos de refugiados palestinos representa uma estratégia de transferência do conflito da Faixa de Gaza para a Cisjordânia. Segundo ele, o governo de Netanyahu precisa manter um estado de guerra para evitar possíveis quedas de seu governo e julgamentos.
Em meio a essa intensificação do conflito, a comunidade internacional é chamada a intervir e buscar soluções pacíficas para o conflito entre Israel e Palestina. As operações militares em campos de refugiados palestinos geram preocupações e pedidos de cessar-fogo por parte de organizações internacionais e de defesa dos direitos humanos. O cenário de tensão na região segue despertando apreensões e demandas por diálogo e paz.