O velório ocorreu em um estádio na capital libanesa, com uma multidão tanto dentro quanto fora do local, vestida de preto em sinal de luto. Além de Nasrallah, o corpo de Hashem Safieddine, provável sucessor do líder, também foi velado no evento.
Estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas estiveram presentes na cerimônia, que contou com a presença de personalidades de diversos países. Telas gigantes foram instaladas nas ruas para que a população pudesse acompanhar o velório, e o aeroporto de Beirute foi fechado por questões de segurança.
Durante a cerimônia, um vídeo de Naim Qassem, atual secretário-geral do Hezbollah, foi transmitido, no qual ele promete dar continuidade ao legado de Nasrallah. Horas antes do funeral, Israel realizou uma série de ataques aéreos no sul do Líbano e enviou aviões para sobrevoar Beirute, como forma de demonstrar poder.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, provocou ao afirmar que Israel é especialista em vitórias, enquanto Nasrallah e o Hezbollah são especialistas em realizar funerais. Esses eventos ocorrem em um momento tenso na região, com conflitos na Cisjordânia e um frágil cessar-fogo em Gaza.
O atual conflito entre Israel e o Hezbollah teve início após um ataque do Hamas em Israel, em outubro de 2023. O Hezbollah passou a realizar ataques no norte de Israel em solidariedade a Gaza, o que resultou em enfrentamentos intensos. Após um bombardeio maciço de Israel em setembro de 2024, um cessar-fogo foi acordado em novembro entre as partes.
O Hezbollah surgiu como uma resistência apoiada pelo Irã contra a ocupação militar de Israel no Líbano, expulsando as forças israelenses do país em 2000. Desde então, houve diversas campanhas militares de Israel contra o grupo, resultando em mortes de civis e tensões constantes na região.