Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o VSR é um dos principais vírus associados à bronquiolite, inflamação dos bronquíolos que são pequenas ramificações dos brônquios responsáveis por transportar o oxigênio até o tecido pulmonar. Este vírus circula com maior intensidade durante o inverno e o início da primavera, podendo causar epidemias, com surtos em diversas regiões do Brasil. É importante ressaltar que quase todas as crianças são infectadas pelo VSR até os dois anos de idade, podendo haver recorrências ao longo da vida.
Nos Estados Unidos, o VSR é responsável por mais de 50 mil hospitalizações de crianças menores de cinco anos, enquanto no Brasil este vírus é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e até 60% dos casos de pneumonia em crianças menores de 2 anos, de acordo com dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Além disso, a SBIm destaca que condições crônicas como asma, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e distúrbios renais aumentam o risco de infecção grave por VSR.
Os sintomas causados pelo VSR variam de leves a graves, sendo comuns coriza, tosse e febre em casos mais leves, enquanto em casos mais graves pode haver dificuldade para respirar, chiado ao respirar e cianose nos lábios e dedos. O diagnóstico é clínico, mas a confirmação da infecção é feita por exames laboratoriais. Não há tratamento específico para o VSR, sendo indicada a hospitalização em casos graves para oxigenoterapia e suporte respiratório, podendo ser necessária a utilização de respiradores mecânicos em casos críticos.
A transmissão do VSR ocorre através das secreções do nariz ou da boca de pessoas infectadas, por contato direto ou por gotículas, iniciando dois dias antes dos sintomas aparecerem e se estendendo até o controle completo da infecção. É importante ressaltar a importância da vacinação e dos cuidados preventivos para evitar a propagação deste vírus e proteger a saúde das crianças, em especial aquelas com condições de saúde mais vulneráveis.