O HPV é responsável por quase 100% dos casos de câncer do colo do útero, uma das formas mais comuns de câncer entre as mulheres brasileiras. Além disso, o vírus pode causar câncer em outras áreas do corpo, como ânus, pênis, vagina e garganta. A vacina disponível no Sistema Único de Saúde oferece proteção contra os subtipos mais frequentemente associados ao câncer, além de verrugas e feridas nos órgãos genitais.
A consultora médica da Fundação do Câncer, Flavia Correa, enfatiza a importância de resgatar os adolescentes não vacinados para avançar no combate ao câncer de colo do útero. Ela ressalta que, embora a cobertura vacinal para a primeira dose tenha sido alta, houve uma queda significativa na segunda dose devido a informações negativas sobre a vacina. Com a pandemia de COVID-19, a cobertura vacinal diminuiu ainda mais, tornando essencial recuperar essas taxas.
Para alcançar os adolescentes desprotegidos, a ação inicial será focada em 121 municípios com baixas coberturas vacinais. A meta é vacinar pelo menos 90% dos quase 3 milhões de jovens não imunizados. Além disso, será necessário assegurar que os estados solicitem e distribuam doses extras da vacina contra o HPV. A cartilha lançada pelo Ministério da Saúde destaca a importância de também realizar a vacinação em locais alternativos, como escolas e shoppings.
É fundamental ressaltar que, apesar de algumas dúvidas e resistências, a vacina contra o HPV é segura e eficaz, com mais de 500 milhões de doses aplicadas em todo o mundo. A prevenção mediante a vacinação é a melhor forma de evitar doenças relacionadas ao vírus, como o câncer de colo do útero. Portanto, é essencial que a população abrace essa iniciativa para garantir a saúde e o bem-estar dos jovens brasileiros.