O pedido de prorrogação do prazo foi encaminhado à Corte nesta segunda-feira (24), em resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, que havia rejeitado anteriormente a alteração do prazo, mantendo o período de defesa em 15 dias. Segundo os advogados de Bolsonaro, o acesso completo às provas obtidas pela Polícia Federal é essencial para fundamentar a defesa, especialmente após as revelações feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e colaborador nas investigações.
A defesa de Bolsonaro alega que a denúncia apresentada contra o ex-presidente baseia-se em elementos provenientes de apreensões e mídias que ultrapassam os escassos celulares disponibilizados à defesa. Nesse sentido, os advogados argumentam que o prazo de 83 dias visa compensar o tempo em que o processo permaneceu sob análise na Procuradoria-Geral da República para a elaboração da denúncia. Caso não seja concedido o prazo estipulado, a defesa solicita um período dobrado de 30 dias para o exercício do contraditório.
Além disso, o advogado Celso Vilardi, representante de Jair Bolsonaro, anunciou que irá requerer a anulação da delação premiada de Mauro Cid. Essa medida representa mais um capítulo na batalha jurídica que envolve o ex-presidente e as investigações em curso no Inquérito do Golpe.
Aguarda-se, portanto, novos desdobramentos neste caso, que tem gerado grande repercussão no âmbito político e judicial do país. Enquanto isso, a defesa de Bolsonaro trabalha arduamente para garantir o direito do ex-presidente à ampla defesa e ao contraditório perante as instâncias competentes.