O destaque do equipamento será o reator nuclear de pesquisa, que utilizará as radiações geradas para aplicações em áreas como medicina, indústria, agricultura e meio ambiente. Além disso, o centro de pesquisa terá um papel crucial nos testes do combustível do submarino nuclear brasileiro, em desenvolvimento no Centro Industrial Nuclear de Aramar, da Marinha Brasileira, também localizado em Iperó, nas proximidades do RMB.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou a importância do RMB para a autossuficiência do país na produção de radioisótopos, utilizados na fabricação de fármacos para o tratamento do câncer. A ministra pontuou que essa conquista irá reduzir os riscos de desabastecimento, diminuir custos e melhorar as condições de atendimento à população.
De acordo com informações do próprio MCTI, o RMB será fundamental para a garantia da autossuficiência na produção do radioisótopo Molibdênio-99, essencial para a obtenção do Tecnécio-99m, utilizado em diagnósticos médicos. Além disso, o centro de pesquisa possibilitará a nacionalização de outros radioisótopos usados em diagnóstico e terapia.
Previsto para ser concluído em cinco anos, o RMB terá um investimento estimado em R$ 926 milhões até o ano de 2026. Até o momento, mais de R$300 milhões já foram contratados para o centro de pesquisas, visando promover avanços significativos no campo da tecnologia nuclear no Brasil.