BRASIL – TJSP suspende decreto de privatização de escolas estaduais em São Paulo após pedido do PSOL de São Paulo

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) tomou uma decisão importante esta semana ao suspender o Decreto 68.597/2024, que autorizava a licitação para privatizar a gestão de 33 escolas estaduais. A medida, que foi implementada pelo governador Tarcísio de Freitas, foi contestada pelo PSOL de São Paulo, que argumentou que o decreto violava a Constituição e colocava em risco o ensino fundamental II e o ensino médio nas regiões Leste e Oeste do estado.

De acordo com a Secretaria de Educação do estado, a Procuradoria-Geral ainda não foi notificada sobre a decisão do TJSP e, assim que receber a notificação, irá avaliar as medidas legais cabíveis. O governo estadual tinha como objetivo conceder à iniciativa privada, por um período de 25 anos, as atividades de manutenção predial, alimentação escolar, jardinagem, limpeza e segurança, enquanto a parte pedagógica permaneceria sob gestão direta do estado.

A relatora do processo, Marcia Dalla Déa Barone, afirmou que o decreto violava diversos dispositivos constitucionais, comprometendo o direito à educação pública, gratuita e de qualidade, além de precarizar direitos dos servidores e priorizar interesses privados em detrimento do interesse público. Ela ressaltou que a gestão do ensino público não poderia ser terceirizada para a iniciativa privada, já que os alicerces fundamentais da educação brasileira são estabelecidos pela União Federal e não incluem essa possibilidade.

Com a suspensão do decreto, o futuro da gestão das escolas estaduais permanece incerto. O caso levanta questões importantes sobre a privatização da educação e a necessidade de garantir que o ensino público continue a ser de qualidade e acessível a todos os cidadãos. A decisão do TJSP representa uma vitória para aqueles que defendem a educação pública e gratuita como um direito fundamental de todos os brasileiros.

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