O pedido da defesa de Bolsonaro foi feito na última segunda-feira (24), como forma de contestar a decisão anterior de Moraes, que também recusou o aumento do prazo de defesa de 15 para 83 dias. Os advogados alegaram a necessidade de acessar todas as provas obtidas pela Polícia Federal (PF) e manifestar-se somente após a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar direto de Bolsonaro e colaborador nas investigações.
Segundo os advogados, o prazo de 83 dias seria uma compensação pelo tempo em que o processo ficou sob análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) para elaboração da denúncia.
Na decisão proferida pelo ministro Moraes, ele reiterou que a defesa de Bolsonaro já teve acesso às provas contidas na denúncia, afirmando que “não há nenhuma dúvida de que a defesa de Jair Messias Bolsonaro teve integral acesso aos autos e ao sistema”. Ele destacou que os advogados puderam analisar todos os elementos colhidos nos aparelhos de telefone celular.
O prazo estabelecido para que a defesa de Bolsonaro entregue sua manifestação é até o dia 6 de março, sendo que o prazo de 15 dias iniciou em 19 de fevereiro. A decisão de Moraes é mais um capítulo dessa complexa trama jurídica que envolve o ex-presidente e suas alegações de tentativa de golpe de Estado. A defesa de Bolsonaro terá que se preparar para apresentar seus argumentos dentro do prazo estabelecido pela justiça.