Nesse sentido, a proposta da instalação é conduzir os visitantes por uma reflexão profunda sobre a diferença entre representatividade e representação. Com o auxílio de indígenas integrantes do programa educativo do museu, os espectadores terão a oportunidade de vivenciar as tradições ancestrais e debater as representações carnavalescas que muitas vezes reforçam estereótipos sobre os povos indígenas.
A exposição, que permanecerá em cartaz até o dia 30 de março, visa conscientizar o público sobre a importância da inclusão dos povos originários não apenas nos desfiles carnavalescos, mas também na concepção de fantasias e na composição de músicas. Além disso, a discussão se estende ao uso de cocares, vestimentas, pinturas e grafismos corporais, elementos que fazem parte da identidade cultural de cada etnia e que são frequentemente utilizados de forma estereotipada durante o carnaval.
Como parte das atividades relacionadas à instalação, o museu participará do desfile da Mocidade Unida da Mooca, que acontecerá no domingo (2) às 22h. A escola de samba prestará uma homenagem ao renomado escritor e filósofo Ailton Krenak, que inclusive estará presente no desfile.
Para mais informações sobre a instalação e outras programações do Museu das Culturas Indígenas, os interessados podem acessar o site oficial da instituição. Essa iniciativa representa um importante passo na busca por uma maior valorização e respeito às culturas indígenas, contribuindo para o diálogo intercultural e para a desconstrução de estereótipos prejudiciais.