BRASIL – Governo brasileiro condena suspensão de ajuda humanitária a Gaza por Israel e pede reversão da decisão para garantir cessar-fogo.

Brasil condena suspensão de ajuda humanitária a Gaza por Israel

A decisão de Israel de suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza recebeu críticas do governo brasileiro. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores expressou sua preocupação com a situação no território e pediu a reversão imediata da medida, que classificou como uma ameaça ao cessar-fogo em vigor.

De acordo com o Itamaraty, a ação israelense agrava a já precária situação humanitária em Gaza e viola direitos humanitários fundamentais. O Brasil lembrou que Israel tem obrigações internacionais de garantir serviços básicos e assistência humanitária à população da região, sem impedimentos. A interrupção deliberada da ajuda humanitária foi destacada como uma grave violação do direito internacional humanitário.

Além disso, o governo brasileiro instou tanto Israel quanto o Hamas, que controla Gaza, a retomarem as negociações e cumprirem o acordo de cessar-fogo. O Brasil enfatizou a importância do engajamento das partes para assegurar uma cessação permanente das hostilidades, a retirada das forças israelenses de Gaza, a libertação de reféns e a facilitação do acesso à assistência humanitária de forma desimpedida e previsível.

A suspensão da ajuda humanitária em Gaza ocorreu após o grupo Hamas rejeitar a prorrogação da primeira fase do acordo de cessar-fogo, que havia sido iniciado em janeiro e expirou em 1º de janeiro. Após a suspensão, Israel retomou os ataques à Faixa de Gaza, resultando na morte de quatro pessoas e no ferimento de 12 nas primeiras horas após o fim do acordo.

O Hamas acusa Israel de manipular os termos do acordo e exige um cessar-fogo permanente, a retirada completa das tropas israelenses e a reconstrução do território. Enquanto isso, o governo israelense se dispôs a estender o acordo até o fim do ramadã e da Páscoa judaica, oferecendo o aumento do fluxo de ajuda humanitária e a continuidade da troca de reféns e prisioneiros.

Diante desse cenário tenso, o Brasil se posiciona a favor da paz e da busca por soluções diplomáticas para a crise em Gaza, reiterando seu apelo pela retomada das negociações e pelo respeito aos direitos humanitários na região.

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