Os advogados de Bolsonaro argumentam que o acordo de colaboração premiada de Cid foi comprometido pela falta de voluntariedade, caracterizando a delação como repleta de mentiras, omissões e contradições. Além disso, a defesa solicitou que o ministro Alexandre de Moraes se afaste da relatoria do caso, alegando que, de acordo com o mecanismo do juiz de garantias, o juiz que conduziu o processo não pode proferir a sentença.
A defesa de Bolsonaro também exprimiu preocupações em relação ao acesso limitado às provas e requereu que o julgamento seja conduzido pelo plenário do STF, em vez da Primeira Turma. O prazo estipulado para a entrega da defesa da maioria dos denunciados expirou nesta quinta-feira (6), com exceção do general Braga Netto e do almirante Almir Garnier, que têm até amanhã (7) para manifestarem-se sobre a denúncia.
Após a conclusão da entrega de todas as defesas, o STF marcará o julgamento da denúncia. A controvérsia em torno da anulação da delação de Mauro Cid e das demais questões apresentadas pela defesa de Bolsonaro promete ser o centro das atenções nos próximos capítulos judiciais envolvendo o ex-presidente e seus correligionários. A retórica incisiva e as estratégias legais empregadas pela defesa reforçam a tensão e a complexidade do cenário político brasileiro.