Segundo Rodrigues, a polícia agiu após relatos de uma invasão promovida por um grupo armado de uma organização criminosa na região de Fazenda Coutos. A comunidade teria feito pedidos de intervenção policial após ser alvo de violência por parte dos criminosos. No entanto, a operação resultou em confronto e na morte de 12 suspeitos.
Após a repercussão do incidente, o Ministério Público da Bahia instaurou um procedimento para investigar a atuação da Polícia Militar na operação. Os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) ficaram responsáveis por conduzir a investigação.
Durante uma reunião com autoridades policiais e de segurança pública, o procurador Geral de Justiça, Pedro Maia, destacou a importância de um processo transparente e completo na apuração do ocorrido. O Instituto Fogo Cruzado também se manifestou, defendendo a necessidade de repensar a política de segurança pública no estado, considerando que esta foi a 100ª chacina em Salvador e na Região Metropolitana desde o início do levantamento de dados na Bahia, resultando em 261 mortes.
Diante do cenário de violência e confronto, a coordenadora regional do Instituto Fogo Cruzado na Bahia, Tailane Muniz, ressaltou a importância de uma política de segurança que priorize a proteção de todos os cidadãos. A população local enfrentou horas de tiroteio e suspensão do transporte público, levantando questionamentos sobre os resultados e a eficácia das ações policiais. A busca por uma política eficiente e que atenda às necessidades da população continua sendo um desafio a ser enfrentado pelas autoridades e pela sociedade.