O feminicídio, que se caracteriza pelo assassinato de mulheres em um contexto de ódio ou desigualdade de gênero, tornou-se uma realidade cada vez mais presente. Mesmo com a redução de 26,3% nos homicídios dolosos envolvendo vítimas femininas, o número de feminicídios aumentou. Em 2024, dos 140 homicídios dolosos registrados no estado, 76% foram classificados como feminicídios.
Além disso, houve um recorde de denúncias de tentativa de feminicídio em 2024, com um aumento de 20% em relação ao ano anterior. As delegacias do Rio de Janeiro receberam 370 denúncias desse tipo de crime no ano passado, indicando a urgência de medidas de proteção e prevenção.
O estado conta com 14 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, que em 2024 registraram mais de 36 mil ocorrências, sendo 22.710 relacionadas a medidas protetivas. O programa Patrulha Maria da Penha também tem sido fundamental no acompanhamento e garantia do cumprimento das medidas protetivas, atendendo mais de 91 mil mulheres em cinco anos.
Os casos de estupro e importunação sexual também atingiram números recordes em 2024, demonstrando a urgência de ações para combater a violência de gênero. As vítimas de violência doméstica podem buscar ajuda nas delegacias, acionar a Polícia Militar em situações de perigo iminente e utilizar o aplicativo Rede Mulher para solicitar socorro e acessar informações sobre os serviços de proteção disponíveis.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que haja um esforço conjunto da sociedade e das autoridades para combater o feminicídio e garantir a segurança e integridade das mulheres no estado do Rio de Janeiro.