Dentre as várias espécies registradas, 14 são endêmicas da Mata Atlântica, oito estão ameaçadas de extinção e 30 são migratórias, sendo que 18 delas têm origem no Hemisfério Norte. Esses números chamam a atenção para a importância da preservação desse ambiente para a conservação da avifauna local e migratória.
O levantamento, que compilou dados de pesquisas científicas e de ciência cidadã ao longo de 24 anos, apontou o PLNJ como um exemplo de área remanescente de várzea na região metropolitana de São Paulo que precisa ser preservada diante das pressões causadas pelo crescimento urbano desordenado e pela poluição.
Os pesquisadores destacam que o Parque Linear Nove de Julho tem um grande potencial para servir como local de pesquisa, atividades educacionais e de lazer para a comunidade, especialmente no que diz respeito à observação de aves. Para isso, são necessários investimentos em infraestrutura, criação de programas de inventário e monitoramento da fauna, demarcação territorial e implementação de um Plano de Gestão efetivo.
Além disso, o estudo aponta a necessidade de melhorar o saneamento da microbacia do Córrego do Rio das Pedras e a efetivação de ecobarreiras para reduzir a quantidade de resíduos sólidos lançados na represa e no parque. O Parque Linear Nove de Julho foi reconhecido como uma das áreas mais importantes para aves de várzea e campos úmidos na região metropolitana de São Paulo, servindo como ponto de parada e descanso para espécies migratórias e regionais.