Durante a manifestação, um dos principais temas abordados foi a preservação da vida das mulheres. As participantes reivindicaram direitos como a igualdade de gênero, o fim da violência contra as mulheres, a defesa da democracia e o término da escala de trabalho 6×1, que prejudica especialmente as mulheres.
A luta contra o feminicídio também teve destaque no ato. Mesmo com avanços na legislação, como a Lei Maria da Penha, o Brasil tem visto um aumento nos casos nos últimos anos. Apenas em 2024, 1.387 mulheres foram assassinadas, em média quatro casos por dia. No estado do Rio de Janeiro, 107 mulheres foram vítimas de feminicídio no mesmo ano.
Representantes sindicais destacaram a importância da manifestação. A vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Município do Rio de Janeiro, Kátia Branco, ressaltou que as trabalhadoras enfrentam violência e assédio nos locais de trabalho, além de defenderem a igualdade salarial em relação aos homens. Ela também mencionou que a categoria bancária é pioneira na criação de canais de denúncia e assistência às trabalhadoras que sofrem violência.
Outra reivindicação presente na manifestação foi o fim da jornada de trabalho 6×1, apontado como um resquício da escravidão nos dias atuais. Representantes de sindicatos de diversas categorias reforçaram a importância da união das mulheres para garantir seus direitos.
Diante dos desafios enfrentados pelas mulheres, a coordenadora de Combate à Opressão da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Meiry Valentim, ressaltou a necessidade de ações mais efetivas e do engajamento dos homens na luta pelos direitos das mulheres. Já a assessora de Políticas dos Servidores das Justiças Federais do Rio (Sisejufe), Vera Miranda, enfatizou a importância da igualdade de oportunidades e do direito à vida para todas as mulheres.
A manifestação no Rio de Janeiro refletiu a força e a determinação das mulheres em reivindicar seus direitos e lutar por um mundo mais justo e igualitário. A união e a solidariedade entre as mulheres foram elementos fundamentais nesse ato de resistência e luta pelos direitos conquistados e pelos que ainda estão por vir.