No entanto, apesar da redução na inadimplência, a pesquisa também revelou um aumento no endividamento das famílias após dois meses seguidos de queda. Isso levanta a hipótese de que muitas famílias podem estar optando por contrair novas dívidas, porém com condições e prazos mais favoráveis, como uma estratégia para quitar obrigações antigas.
O estudo apontou que 76,4% das famílias no Brasil estão endividadas, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior. Já a inadimplência, que considera as dívidas em atraso, registrou uma queda de 0,5 ponto percentual, alcançando 28,6%. Além disso, o percentual de famílias sem condições de pagar as dívidas em atraso também apresentou uma tendência de queda, atingindo 12,3%.
De acordo com o presidente do Sistema CNC, Sesc-Senac, José Roberto Tadros, a redução na taxa média de juros pode estar incentivando as famílias a buscarem novas formas de crédito para quitar suas dívidas. Essa mudança de comportamento dos consumidores em relação ao endividamento pode estar contribuindo para a diminuição do número de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias, que atualmente está em 48,2%.
Por fim, a pesquisa revelou que o endividamento deve continuar em alta ao longo deste ano, com as famílias se sentindo mais confiantes em utilizar o crédito para consumir e quitar suas dívidas. Além disso, a inadimplência tende a diminuir ao longo de 2025, trazendo um cenário mais favorável para a economia doméstica.