BRASIL – Ministro das Relações Exteriores do Suriname é eleito Secretário-Geral da OEA em assembleia-geral histórica em Washington

Em uma eleição histórica e sem concorrentes, Albert Ramdin, ministro das Relações Exteriores do Suriname, foi aclamado como o novo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). A assembleia-geral da OEA, realizada em Washington na última segunda-feira (10), marcou o início de um novo capítulo para a entidade multilateral das Américas.

Ramdin, apoiado pelo Brasil e por outros países, assume o cargo deixado por Luís Almagro, do Uruguai, que ocupou a posição de 2015 a 2025 e não pôde se reeleger. Com um mandato inicial que se estende até 2030 e possibilidade de reeleição até 2035, o diplomata do Suriname traz consigo mais de 25 anos de experiência em negociações internacionais, incluindo sua passagem como secretário-geral assistente da OEA de 2005 a 2015.

A retirada da candidatura do Paraguai e a ausência de outros concorrentes para Ramdin mostraram um panorama de apoio unânime ao candidato surinamês. Esta eleição marca a primeira vez que um representante do Caribe assume a liderança da OEA, trazendo expectativas de mudanças e renovação para a organização.

Durante a assembleia, a embaixadora Maria Laura da Rocha, chefe da delegação brasileira, fez críticas à gestão anterior da OEA e defendeu um novo paradigma para a atuação da organização. Ela destacou a importância de um secretário-geral que seja uma figura agregadora e que não tome partido em disputas internas ou internacionais, mas que promova o diálogo e a democracia no continente.

Por outro lado, o representante dos Estados Unidos, Michael Kozak, elogiou o trabalho de Almagro à frente da OEA e enfatizou a necessidade de continuar promovendo a democracia nas Américas. Kozak ressaltou a importância de apoiar a estabilidade no hemisfério ocidental e de enfrentar ameaças como os governos da Venezuela, Cuba e Nicarágua.

A eleição de Albert Ramdin como secretário-geral da OEA representa um marco na história da organização, trazendo consigo a expectativa de uma atuação mais inclusiva e democrática. Com um novo líder, a OEA se prepara para enfrentar os desafios e promover a paz e a justiça na região das Américas.

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