Durante o lançamento, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, destacou os impactos negativos do uso excessivo das telas na saúde mental, segurança online e cyberbullying, alertando para os riscos associados a essa prática. Ela ressaltou que o guia foi elaborado com base em evidências científicas e na participação ativa das pessoas interessadas, como crianças, adolescentes, suas famílias e educadores, e que será constantemente atualizado pelo governo federal.
A secretária-executiva do ministério, Janine Mello, enfatizou as dificuldades enfrentadas atualmente em relação à exposição excessiva às telas, destacando a individualidade e facilidade de acesso a dispositivos eletrônicos a qualquer momento e lugar, tornando a supervisão dos adultos mais desafiadora.
O guia traz recomendações específicas sobre o uso de dispositivos digitais, como a proibição do uso de telas para crianças com menos de 2 anos, a não disponibilização de celulares próprios antes dos 12 anos, o acompanhamento familiar na adolescência e a importância da supervisão nas redes sociais. Além disso, o documento aborda o modelo de negócios das plataformas digitais e o valor econômico das informações coletadas sobre o comportamento dos usuários.
O governo acredita que o guia pode auxiliar na construção de políticas públicas nas áreas de saúde, educação, assistência social e proteção. Com a recente aprovação da Lei nº 15.100/2025, que restringe o uso de celulares nas escolas públicas e privadas do país, o guia se torna uma ferramenta fundamental para orientar gestores, famílias e responsáveis sobre o uso adequado das telas e seus impactos na vida das crianças e adolescentes.