De acordo com o ministro, os jurados tiveram acesso às provas, participaram dos debates e puderam analisar as argumentações dos advogados. Schietti ressaltou que não via possibilidade de rever a decisão soberana dos jurados que compuseram o conselho de sentença e o acórdão que confirmou a condenação.
O caso remonta a 2009, quando o advogado José Guilherme Villela, sua esposa Maria Carvalho Villela e a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva, foram brutalmente assassinados a facadas em seu apartamento na Asa Sul, em Brasília. Após investigações, a filha do casal, Adriana Villela, foi apontada como mandante do crime, que foi executado por terceiros.
Em 2019, Adriana Villela foi condenada a 61 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Brasília por sua participação no assassinato dos pais. Desde então, a acusada tem recorrido em liberdade. No entanto, os promotores argumentam que, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que valida prisões imediatas de condenados pelo Tribunal do Júri, Adriana não mais poderia recorrer em liberdade.
Durante o julgamento, a defesa de Adriana Villela, representada pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, alegou nulidades no processo, incluindo o comportamento de uma jurada nas redes sociais e falhas na perícia apresentada. No entanto, o voto do ministro Schietti parece indicar que a condenação e a prisão imediata da arquiteta foram mantidas. A sessão foi suspensa por um pedido de vista do ministro Sebastião Reis, e uma data para a retomada ainda não foi definida.