Leonam destacou que a urbanização da região pode trazer oportunidades de crescimento e desenvolvimento, mas ressaltou a importância de um planejamento responsável, que leve em consideração o respeito ao meio ambiente e a qualidade de vida dos moradores. O deputado salientou a importância da preservação da Lagoa da Anta, que representa o último resquício de bacia d’água em zona urbana de Maceió, além de possuir matas ciliares fundamentais para a natureza.
Durante a audiência, o diretor da empresa Record Construtora, responsável pela construção dos empreendimentos na região, Hélio Abreu, afirmou que a empresa está em processo de negociação e aquisição do Hotel Jatiúca, com a intenção de desenvolver um projeto que una a renovação do hotel com a melhoria do espaço urbano e atenda às necessidades da população. Abreu ressaltou a importância do diálogo com a comunidade e a possibilidade de ajustar o projeto final de acordo com as demandas apresentadas.
O promotor Paulo Henrique Prado, do Ministério Público, enfatizou a importância de acompanhar de perto o desenvolvimento do empreendimento, garantindo que os impactos urbanísticos, ambientais e sociais sejam devidamente avaliados. O diretor-executivo do IMA, Ivens Leão, explicou os trâmites necessários para o licenciamento ambiental do projeto, ressaltando a importância de um estudo de impacto ambiental completo.
Diversas autoridades e representantes da sociedade civil estiveram presentes na audiência, como o deputado Inácio Loiola, o superintendente da Semarh Daniel Lima, o presidente da comissão de Meio Ambiente da OAB/AL Gilvan Albuquerque, entre outros. A participação ativa da sociedade e o diálogo transparente foram apontados como essenciais para garantir que as decisões tomadas sejam justas e sustentáveis para o futuro da cidade.
Diante de um cenário que envolve interesses diversos e a necessidade de equilibrar o progresso com a preservação do meio ambiente, a audiência pública foi apenas o primeiro passo para um processo que promete ser longo e complexo. O desafio agora é chegar a um consenso que assegure o desenvolvimento sustentável da região, respeitando a natureza e atendendo às demandas da população local.