A OMC, uma instituição multilateral, possui o papel de regular o comércio internacional, negociar regras, gerir acordos comerciais e resolver disputas entre os países membros. Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos fazem parte dos 166 países membros da OMC, que representam 98% do comércio mundial.
A decisão de Trump de taxar as importações de aço e alumínio é vista como uma estratégia protecionista para privilegiar as siderúrgicas americanas, que passam a competir em vantagem com produtos estrangeiros que chegarão mais caros aos Estados Unidos. O Brasil é um dos países mais afetados, pois é um grande exportador de metal para os americanos. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), os Estados Unidos são destino de 54% das exportações de ferro e aço brasileiros.
Em nota conjunta dos ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o governo brasileiro lamentou a imposição das tarifas pelos Estados Unidos. A medida terá um impacto significativo nas exportações brasileiras de aço e alumínio para os EUA, que em 2024 foram de aproximadamente US$ 3,2 bilhões, de acordo com a nota.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ordem do governo é negociar e não retaliar as exportações vindas dos Estados Unidos. Haddad destacou a importância de manter a calma e buscar soluções por meio do diálogo. O setor privado, representado pelo Instituto Aço Brasil e pela CNI, também apoia o esforço de convencimento via negociações entre os governos para reverter a taxação imposta por Trump.