Nas novas concessões de crédito para empresas, o custo médio chegou a 24,2% ao ano, uma alta de 2,5 pontos percentuais em relação ao mês anterior e de 1,7 ponto percentual em comparação com janeiro do ano passado. Já para as famílias, o custo médio do crédito foi de 53,9% ao ano, com um aumento de 0,8 ponto percentual no mês e de 1,6 ponto percentual em 12 meses.
O aumento nos juros para as famílias foi impulsionado principalmente pelos aumentos nas taxas de crédito pessoal não consignado e de financiamento para aquisição de veículos. Além disso, a maior participação relativa das operações de cartão de crédito rotativo também contribuiu para esse cenário.
No caso das empresas, os incrementos nas taxas médias de juros das operações de cartão de crédito rotativo, capital de giro com prazo até 365 dias e capital de giro com prazo superior a 365 dias foram os principais motivos para o aumento dos custos.
O saldo total das operações de crédito no Brasil permaneceu estável em janeiro, totalizando R$ 6,5 trilhões. Em relação ao crédito livre, o saldo alcançou R$ 3,7 trilhões, com uma diminuição de 0,5% no mês e um aumento de 11,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em relação à inadimplência, o índice de atrasos superiores a 90 dias alcançou 3,2% da carteira total do Sistema Financeiro Nacional em janeiro, com um aumento mensal de 0,3 ponto percentual. Por segmento, a inadimplência no crédito livre atingiu 4,4% da carteira, com um aumento de 0,3 ponto percentual no mês.
No geral, o cenário de juros altos e inadimplência em ascensão mostra a necessidade de cuidado e planejamento financeiro por parte das famílias e empresas no Brasil. As próximas medidas do Banco Central e do governo podem ser determinantes para a estabilização e eventual queda desses indicadores.