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BRASIL – Levantamento do projeto revela que mais de 2 mil mídias jornalísticas desapareceram do Brasil desde 2014, com saldo negativo na pandemia.

Um levantamento recente do projeto Mais pelo Jornalismo (MPJ) revelou um cenário alarmante para a mídia jornalística no Brasil. De acordo com o estudo, realizado com base no cadastro de mídias da plataforma de mailings de imprensa I’Max, financiadora do projeto, desde 2014, 2.352 mídias jornalísticas desapareceram do país. No mesmo período, foram criados 10.795 novos veículos, enquanto 13.147 tiveram suas atividades encerradas.

Os dados analisados também mostraram que, dentre as 2,4 mil estações de rádio analisadas, 1.248 não possuíam portal de notícias, o que representa 52% do total. Já entre os 1 mil veículos de mídia escrita, 214 não tinham site próprio, o que equivale a 21%.

Para a CEO do I’Max, Fernanda Lara, o saldo negativo de mídias descontinuadas nos últimos anos é preocupante, especialmente considerando que muitas delas eram veículos tradicionais e centenários, representando cidades populosas. A transformação digital e a mudança nos hábitos de consumo de notícias foram apontadas como fatores que impactaram negativamente o negócio do jornalismo.

Fernanda ressaltou que o período da pandemia de covid-19 contribuiu significativamente para os resultados negativos, com os anos de 2021 e 2022 apresentando números mais expressivos nesse sentido. No entanto, nos últimos dois anos, 2023 e 2024, houve uma leve recuperação na produção jornalística brasileira, embora o déficit ainda seja consideravelmente elevado em comparação com anos anteriores.

A jornalista Claudia Nonato, pesquisadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho da ECA/USP, também analisou o panorama do jornalismo brasileiro, destacando a migração de profissionais para plataformas digitais e as mudanças nos modelos de financiamento e distribuição de conteúdo. Ela ressaltou a criação de novos formatos e modelos no jornalismo digital, mas alertou para os desafios trazidos pela difusão da desinformação na sociedade e na política.

Em meio a esse cenário de transformações e desafios, o financiamento do jornalismo permanece como uma questão crítica, especialmente para os pequenos veículos, que dependem de apoio de fundações, vaquinhas virtuais ou editais públicos. Grandes plataformas como Meta e Google têm se mostrado interessadas em investir nesses projetos, mas ainda é necessário encontrar soluções sustentáveis para garantir a sobrevivência e o fortalecimento da mídia jornalística no país.

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