Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o setor de serviços registrou um aumento de 1,6%, mantendo a décima alta consecutiva nessa comparação. No acumulado de 12 meses, a expansão é de 2,9%.
Ao analisar o desempenho dos diferentes grupos de serviços, observa-se que três dos cinco grupos pesquisados apresentaram recuo em janeiro de 2025. Os serviços prestados às famílias tiveram uma queda de 2,4%, enquanto o segmento de transportes, armazenagem e correio teve uma redução de 1,8%. Por outro lado, os serviços de informação e comunicação e outros serviços registraram crescimento de 2,3%.
O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destacou que o setor de serviços ficou próximo da estabilidade nos últimos meses, após alcançar seu ápice em outubro de 2024. Ele ressaltou que houve uma “perda de ritmo”, já que o acumulado de 12 meses era de 3,2% em dezembro. Lobo também apontou que o transporte de passageiros foi um dos segmentos mais impactados pela queda, devido a influências sazonais e a aumentos de preços.
Além disso, as atividades de turismo apresentaram uma retração de 6,4% em janeiro, a queda mais intensa desde março de 2021. No entanto, o setor ainda se encontra acima do patamar pré-pandemia, mostrando uma recuperação gradual.
No cenário das famílias, a inflação e o aumento da taxa básica de juros podem ter contribuído para a queda nos serviços prestados, indicando uma possibilidade de redução nos gastos supérfluos. No segmento de tecnologia da informação, houve um aumento de 7,8%, impulsionando o crescimento do grupo de informação e comunicação.
Dessa forma, o setor de serviços no Brasil enfrenta desafios, mas também mantém um certo grau de estabilidade e recuperação, refletindo as oscilações da economia e do comportamento do consumidor.