No mês passado, Guaranho foi sentenciado a 20 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Curitiba. Ele foi considerado culpado por assassinar Arruda durante a festa de aniversário do guarda municipal, disparando tiros de revólver e causando uma tragédia que teve repercussão nacional.
Logo após a condenação, Guaranho conseguiu obter um habeas corpus que permitiu cumprir a pena em casa. O desembargador Scaff foi o responsável por essa decisão, acolhendo os argumentos da defesa de que o ex-policial penal também foi atingido por disparos no episódio e precisava tratar em casa das lesões.
No entanto, após um recurso do Ministério Público, Scaff optou por reverter sua posição. Após revisar o caso, o desembargador concluiu que as necessidades médicas de Guaranho podem ser plenamente atendidas no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde ele deve cumprir o restante de sua pena.
O homicídio de Marcelo Arruda foi um dos episódios mais violentos em meio ao clima de polarização política que marcou a campanha eleitoral daquele ano. O Ministério Público do Paraná manteve a tese de que o crime teve motivação política, o que gerou ainda mais repercussão e debate sobre a violência no cenário político brasileiro.
As investigações apontaram que Guaranho se envolveu em uma discussão acalorada com Arruda durante a festa, e após deixar o local brevemente, retornou atirando contra o tesoureiro do PT. As câmeras de segurança flagraram parte da ação, evidenciando a violência do crime e seus desdobramentos.
Agora, com a revogação da prisão domiciliar, Guaranho deverá cumprir sua pena de forma integral no Complexo Médico Penal de Pinhais, dando um desfecho jurídico a um dos casos mais marcantes e violentos da região.