De acordo com as investigações da Polícia Federal, Braga Netto estaria obstruindo a investigação do plano golpista. A PF identificou que o general, apontado como um dos principais articuladores do golpe, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Após a prisão, a defesa do general recorreu da decisão e solicitou que o caso fosse julgado pela Primeira Turma da Corte. Na sessão virtual realizada hoje, Alexandre de Moraes manteve sua decisão decretando a prisão, destacando que os novos depoimentos de delação premiada de Cid revelaram a “gravíssima participação” de Braga Netto na trama golpista.
O ministro afirmou que a autoridade policial indicou que Braga Netto tentou controlar informações repassadas à investigação, demonstrando seu papel de liderança, organização e financiamento na trama. Além disso, apresentou indícios de que o general atuou repetidamente para atrapalhar as investigações.
O voto de Moraes foi seguido pelos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Com a decisão da Primeira Turma do STF, a prisão do general Braga Netto será mantida, enquanto as investigações sobre a trama golpista seguem em andamento.