BRASIL – Secretário de Estado dos EUA declara embaixador sul-africano “persona non grata” por ataques raciais e críticas a Trump.

Nesta sexta-feira (14), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, fez uma declaração polêmica envolvendo o embaixador da África do Sul nos Estados Unidos, Ebrahim Rasool. Rubio afirmou que Rasool é persona non grata e o acusou de ser um “político que faz ataques raciais” e de odiar os Estados Unidos e o presidente Donald Trump.

Segundo Rubio, o embaixador sul-africano não é mais bem-vindo no país e não há nada a discutir com ele. Em uma publicação na plataforma de mídia social X, Rubio reforçou a posição dos EUA em relação a Rasool.

A polêmica teve início após Rasool participar de um evento online no qual criticou a administração Trump, acusando o presidente norte-americano de adotar discursos próprios do supremacismo branco e de criar uma narrativa em que os brancos são as vítimas em seu país.

Em resposta à decisão dos EUA, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, classificou-a como “lamentável” e afirmou que o país continuará trabalhando por uma boa relação entre as duas nações. Ramaphosa destacou a importância do decoro diplomático no envolvimento com o assunto e reiterou o compromisso da África do Sul em construir um relacionamento mutuamente benéfico com os Estados Unidos da América.

Os laços entre os EUA e a África do Sul têm se deteriorado desde que Trump cortou a ajuda financeira ao país, citando a desaprovação de sua política fundiária. A situação se agravou com a denúncia de genocídio apresentada pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça, aliado dos EUA.

Trump alegou que a África do Sul está confiscando terras e que os sul-africanos brancos são vítimas de leis racistas de propriedade. Por sua vez, Ramaphosa sancionou um projeto de lei para permitir a expropriação de terras pelo Estado, visando corrigir as disparidades raciais na propriedade de terras no país de maioria negra.

Em meio a essas tensões diplomáticas, o embate entre os governos dos EUA e da África do Sul promete continuar gerando repercussões e debates sobre questões raciais, políticas e econômicas.

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