De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, a fiscalização teve como objetivo combater o garimpo ilegal no Rio Madeira, impedir a atuação de organizações criminosas, coibir possíveis crimes ambientais e garantir os direitos dos trabalhadores explorados nessa região. A investigação teve início após conflitos entre garimpeiros e indígenas, levantando indícios de que a população local estaria sendo cooptada por facções para atuar no garimpo ilegal.
Durante a operação, foram destruídos diversos instrumentos e maquinários, incluindo 23 dragas e várias embarcações que eram utilizadas de forma ilegal na região. Além da Polícia Federal e dos auditores-fiscais do Ministério do Trabalho, a ação contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho, do Ibama, da Funai e da Polícia Ambiental Militar.
Agora, o Ministério Público do Trabalho irá buscar identificar os responsáveis por submeter os trabalhadores a condições análogas à escravidão, com o intuito de responsabilizá-los. A PF destacou em nota que um dos objetivos é identificar as lideranças, proprietários de dragas e áreas utilizadas na atividade ilegal, visando desmantelar financeiramente a organização criminosa que se instalou na região.
Os trabalhadores resgatados receberão seguro-desemprego e serão encaminhados para a rede de assistência social, para receberem o apoio necessário após o resgate. A ação da PF e demais órgãos envolvidos mostra o compromisso das autoridades em combater o trabalho escravo e a exploração de trabalhadores, garantindo a proteção dos direitos humanos e do meio ambiente.