A convocação do “dia cívico” permite que os empregados sejam liberados do trabalho para participarem dos protestos. No entanto, prefeitos de grandes cidades colombianas rejeitaram o dia cívico e garantiram que os serviços públicos continuarão funcionando normalmente.
Na semana passada, a Comissão do Senado aprovou uma moção pelo arquivamento da reforma, com 8 votos a favor dos 14 senadores presentes. Agora, nesta terça-feira, a Comissão do Senado volta a analisar o tema para confirmar se o projeto será arquivado definitivamente.
A reforma trabalhista proposta pelo governo, já aprovada pela Câmara dos Deputados, busca limitar a jornada de trabalho diurna e estabelecer pagamento de horas extras para trabalho noturno, aos sábados, domingos e feriados, além de outras medidas para melhorar a remuneração e estabilidade dos trabalhadores.
Gustavo Petro argumenta que o Congresso tem bloqueado as reformas sociais do governo e, por isso, decidiu recorrer à Consulta Popular. No entanto, as críticas não param por aí. Opositores, entidades empresariais, setores parlamentares e sindicatos patronais se opõem à reforma, alegando possíveis consequências negativas para o mercado de trabalho.
Prefeitos de grandes cidades colombianas também se pronunciaram contra o dia cívico proposto por Petro, garantindo que os serviços públicos serão mantidos durante o protesto. O prefeito de Bogotá, Carlos F. Galán, assegurou que as aulas presenciais continuarão para os estudantes da rede pública da cidade.
Diante de toda essa polêmica, a decisão sobre a reforma trabalhista e a realização da Consulta Popular permanecem em debate no Senado colombiano, enquanto a população se divide entre apoiar ou contestar as medidas propostas pelo governo.