Segundo dados de uma pesquisa realizada em 2019 pelo Ministério da Saúde, cerca de 1,1% da população brasileira possui algum grau de deficiência auditiva, o que equivale a 2,2 milhões de pessoas. Diante desse cenário, o Ministério da Saúde ressalta a importância do exame de Triagem Auditiva Neonatal, também conhecido como teste da orelhinha, que pode identificar problemas de audição nos recém-nascidos.
Na Maternidade Escola Santa Mônica, os bebês passam por esse exame logo nos primeiros dias de vida. O procedimento consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do retorno desse estímulo por meio de uma sonda introduzida na orelha do bebê. Caso haja alguma falha nesse teste inicial, os bebês são encaminhados para diagnósticos audiológicos mais detalhados na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).
A fonoaudióloga e professora da Uncisal, Luciana Castelo Branco, explica que o objetivo da triagem é identificar precocemente a perda auditiva nos bebês, para que seja possível definir o tipo e o grau dessa perda e adotar as condutas necessárias, como tratamentos ou o uso de aparelhos auditivos. Os bebês prematuros, mesmo aqueles que passam no teste da orelhinha, mas apresentam indicadores de risco para perda auditiva, são acompanhados de perto no projeto de monitoramento auditivo da Uncisal.
O teste da orelhinha é obrigatório por lei antes da alta hospitalar, pois qualquer perda na capacidade auditiva, por menor que seja, pode ter impactos significativos no desenvolvimento da criança, na comunicação, na fala, na linguagem e na aprendizagem. Portanto, a atuação preventiva e o acompanhamento constante são essenciais para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável desses bebês prematuros.
