A nota oficial, assinada pelos Ministérios do Esporte, da Igualdade Racial e das Relações Exteriores, destacou a indignação do governo com as palavras de Dominguez. O comunicado ressaltou que as declarações do presidente da Conmebol ocorreram em um contexto de falta de ações efetivas por parte da entidade para coibir atos de racismo em partidas organizadas por ela.
A postura do Governo Brasileiro foi de exigir que a Conmebol e as Federações Nacionais de Futebol da América do Sul atuem de forma decisiva para combater o racismo, discriminação e intolerância no esporte. Além disso, o governo reforçou seu compromisso com a promoção da igualdade racial e a luta contra qualquer forma de discriminação nas diferentes modalidades esportivas.
As declarações de Dominguez ocorreram após o sorteio dos grupos da Copa Libertadores, realizado na noite anterior, onde o dirigente foi questionado sobre a possibilidade de uma edição do torneio sem a presença de times brasileiros. Sua resposta, usando a analogia de “Tarzan sem Chita”, gerou polêmica e levou o presidente da Conmebol a se retratar posteriormente em uma declaração nas redes sociais.
O episódio envolvendo Dominguez aconteceu logo após a Conmebol punir o clube paraguaio Cerro Porteño por atos racistas contra um jogador do Palmeiras. A presidente do clube brasileiro, Leila Pereira, chegou a sugerir um possível ingresso do Brasil na Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) caso a entidade sul-americana não respeitasse o futebol brasileiro.
Em meio a essa polêmica, o compromisso do Governo Brasileiro em combater o racismo e promover a igualdade racial no esporte se mantém firme, reforçando a importância de ações concretas para coibir atitudes discriminatórias no futebol e em outras modalidades esportivas.