Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nesta quarta-feira, esse lucro corresponde a aproximadamente 3,16% da receita total das operadoras, que atingiu a marca de cerca de R$ 350 bilhões no último ano. Isso significa que as empresas conseguiram obter um lucro de R$ 3,16 para cada R$ 100 gerados, evidenciando a eficiência e rentabilidade do segmento.
O Painel Econômico-Financeiro da Saúde Suplementar revelou ainda que a sinistralidade no último trimestre de 2024 foi a menor para esse período desde 2018, alcançando o índice de 82,2%. Esse indicador essencial mede a proporção da receita recebida com as mensalidades que é utilizada em despesas assistenciais, sinalizando que os planos utilizaram cerca de 82,2% do total recebido dos clientes para custear os serviços oferecidos.
A ANS destacou que esse resultado positivo é resultado da reorganização financeira promovida especialmente pelas operadoras de grande porte, que têm realizado reajustes nas mensalidades acima da variação dos custos com despesas assistenciais. Além disso, as aplicações financeiras também contribuíram significativamente para o desempenho financeiro favorável do setor.
As operadoras médico-hospitalares de grande porte foram responsáveis pela maior parcela do lucro total, alcançando a marca de R$ 9,2 bilhões. Ao considerar apenas essas empresas, a diferença entre as receitas e as despesas relacionadas às operações de assistência foi positiva em R$ 4 bilhões, indicando uma gestão eficiente e sustentável.
Dessa forma, o setor de planos de saúde demonstrou sua resiliência e capacidade de crescimento em meio a um cenário desafiador, consolidando sua posição como um dos segmentos mais sólidos e rentáveis da economia.